Evolucionismo Social refere-se às
teorias de desenvolvimento social segundo as quais acredita-se que as
sociedades têm início num estado primitivo e gradualmente tornam-se mais
civilizadas com o passar do tempo. Nesse contexto, o primitivo é associado com
comportamento selvagem; enquanto a civilização é associada com a cultura
européia do século XIX. Herbert Spencer (1820 – 1903) transplantou do campo
biológico para o campo cultural, o modelo das tipologias e dos sistemas classificatórios,
implementando a noção de diferenças entre os povos e as sociedades.
Ao
relacionarmos evolucionismo ao etnocentrismo, pode-se entender claramente os
requisitos de que um povo haveria de ter para ser considerado evoluído. Um
exemplo que deixa ainda mais explicita essa relação da evolução social esta
presente no eurocentrismo; como quando os europeus chegaram no Brasil. O que
encontraram foram seres nus e de hábitos muito diferentes dos seus. Ao ver
índios andando pelados, por todo o lado e sem conhecimento de metal e outros
portugueses os rotularam como primitivos. Enquanto na Europa já havia
conhecimentos de ciências diversas, de políticas de capitalismo e outros, os
índios viviam nus e em barracos feito de folha de bananeira. Para os portugueses,
e não só eles, mas qualquer outro povo que tivesse vindo povoar o Brasil e o
encontrasse como era o índio era incapaz por não tinha os seus conhecimentos.
Não se pode
dizer que os europeus tinham esse avanço cientifico porque são seres mais
inteligentes ou algo do tipo, o que pode explicar é que naquela nação houve um
impulso para que procurassem esses conhecimentos. A física pode dizer isso de
outra maneira: “a matéria inanimada, destituída de movimento, energia e vida,
permanece para sempre inanimada, a menos que seja impulsionada por uma força
superior, externa, a que lhe de direção e organização”. Por isso ainda não se
diz que índio na época era um povo burro, que não poderia ter tal conhecimento
que os europeus tinham.
Nesse caso
do choque cultural Brasil-Portugal se vê claramente que a evolução era e ainda
hoje é conhecida por muitos pelo conhecimento cientifico, ou então de capital.
O fato de
que os índios não sabiam escrever ou não tinham hábitos de andar vestidos não
lhes fazem menor. Se compararmos o português e o índio e o submetermos cada uma
sociedade do outro nenhum dos dois conseguira viver bem. O português sabe viver
no seu país, com seus objetos e suas roupas para se proteger, mas se o
colocarmos no ambiente do índio apenas com os instrumentos dos índios
dificilmente ele se conseguiria sobreviver na mata. Do mesmo modo o índio na
cidade do europeu não saberia como sobreviver, ele não saberia trabalhar,
administrar sua vida em geral. Então se conclui que nenhum dos dois povos era
mais civilizado ou menos civilizado, havia apenas uma adaptação de cada qual
para a sua sociedade.
Também hoje
não se pode dizer que uma sociedade é mais evoluída que a outra pelo fato de
ter mais conhecimento cientifico, ou mais capital. O termo de que a sociedade é
desenvolvida envolve a todos os seus membros, quando na verdade não são todos
que tem esse conhecimento que a faz evoluída. São membros que fazem parte dela
que tem esse conhecimento e não ela toda. Boa parte da sociedade é submetida ao
conhecimento, ela tem apenas o conhecimento pronto, muitos deles não são
capazes nem ao menos de ministrar o conhecimento pronto.
Cada país,
cada sociedade sabe como viver no seu ambiente, mais especifico ainda, cada
pessoa sabe viver com o que possui. Isso não implica que ela não possa aprender
a viver com o que o outro tem ou é. O ser humano evolui a partir de sua
necessidade.
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